Workshop Meta 5 superou expectativas


Aconteceu nesta quinta-feira (13 de maio) o Workshop para escrivães da Justiça Militar do Estado, organizado e coordenado pelo Gabinete da Corregedoria Geral.

O Juiz-corregedor Cel. Sérgio Antonio Berni de Brum abriu o encontro no Plenário do TJM às 8h30, saudando os presentes e explicando a importância dos resultados do Workshop para o cumprimento da Meta Prioritária 5 do Judiciário Brasileiro, que trata da gestão dos processos jurisdicionais e administrativos das unidades da Justiça e pretende estimular a implantação de métodos de gestão de rotinas (processos de trabalho) nas unidades judiciárias de 1º grau.

Auditorias mostram como trabalham

Durante toda a manhã, representando a Primeira, Segunda Auditoria e Auditoria de Santa Maria falaram, respectivamente Estevão de Barros Jacques, Lizeth Cardoso Marques e Adriana Deise Andrade Araújo. O foco das intervenções dos escrivães foram as rotinas de trabalho e execução de atos de impulso processual nas suas unidades.

Finalizando os trabalhos da parte de manhã, o Juiz Corregedor - Geral Sérgio de Brum falou sobre a implementação da Meta 5, com foco na TI da Justiça Militar, seu desenvolvimento e necessidade de adaptações com a participação daqueles que demandam os serviços.

No início da tarde a escrivã Carla Elisiane Antunes Garlet, de Passo Fundo, encerrou as apresentações das Auditorias sobre Rotinas de Trabalho.

Oficina e conclusões preliminares

Cumprindo a pauta, realizou-se uma Oficina de Simplificação e padronização de rotinas, um ensaio para o estudo de unificação e edição de um guia de normas. O último tema tratado foi, justamente, a proposta de edição de normas disciplinando a execução de atos rotineiros e de impulso processual.

O evento foi encerrado às 17 horas pelo Presidente do TJM, Juiz Doutor Geraldo Anastácio Brandeburski. "Ao agradecer a presença, a participação e o interesse, o Presidente pediu o comprometimento e esforço de cada um para adequar a Justiça Militar do Estado ao que preconiza o CNJ: "a Justiça Brasileira é outra depois do Conselho nacional de Justiça", disse o Dr. Brandeburski, "e precisamos fazer um esforço para acompanhar as mudanças", concluiu.

Escrivães avaliam os resultados

Os quatro escrivães da Justiça Militar do Estado avaliaram o significado do I Workshop de 2010. Todos afirmaram que a iniciativa é inédita no âmbito da JME e o fato do Tribunal, por meio de sua Corregedoria Geral, ouvir a opinião e conhecer os métodos organizativos do trabalho de impulsionamento de processos e de gestão administrativa de cada auditoria, deverá ser a razão do sucesso e o caminho mais curto para atingir a Meta 5 do Judiciário Brasileiro.

Avaliação

No final do encontro, os escrivães responderam as mesmas cinco questões colocadas pela Coordenadoria de Comunicação: 

Que avaliação você faz do workshop?

Na prática, em termos de produtividade e resolutividade, onde é que se pode chegar com esse tipo de evento onde há a interação de todos?

Algum ponto a ressaltar do encontro em termos de encaminhamento uma de solução de pontos onde se tinha dificuldade em adotar procedimentos?. Teve um caminho iniciado hoje?

Na condução de uma Auditoria, até que ponto se pode criar em relação a organização e métodos?

Falou-se de padronização durante o evento. Este é um caminho a ser buscado? É interessante padronizar?

Estevão de Barros Jacques representou a Primeira Auditoria:

"A iniciativa da corregedoria foi muito apropriada, ainda mais no momento em que a gente vive atualmente, estamos em constante aperfeiçoamento dos métodos de trabalho.  Foi muito interessante, também a forma como se desenvolveu o evento. Achei que a prática foi melhor do que o idealizado, eu gostei muito.

Como o objetivo é a unificação de rotinas, o caminho está certo, nós vamos partir de um parâmetro, agora sobre um trabalho apresentado vamos colocar as nossas sugestões para depois, em um segundo momento, ser definido. Vai ser útil para todo mundo.

As portas foram abertas para a troca de idéias e sugestões. Quanto às inovações, a gente não pode engessar o trabalho, a criatividade tem que estar sempre presente,  há momentos no dia a dia de um cartório em que tu tem, sem esquecer leis e regulamentos, inventar alguma coisa".

Carla Elisiane Antunes Garlet é a escrivã da Auditoria de Passo Fundo:

"Nós podemos criar, desde que não prejudique o bom andamento do serviço e enquanto estiver beneficiando a celeridade e a economia processual, além de cumprir o objetivo principal, que é fazer com que o processo tenha sua decisão de mérito que é esperada pela justiça. Podemos avançar e muito por que, hoje em dia, a modernidade está aí, nós temos a questão da tecnologia em todos os setores e a justiça castrense não poderia ficar de fora dessa inovação.

Temos que unificar procedimentos, nós nunca tivemos uma padronização, cada auditoria inventava como iria trabalhar e trabalhava daquela maneira. Temos só quatro auditorias, quanto mais padronização, melhor".  

A Escrivã Adriana Deise Andrade de Araújo, falou pela Auditoria de Santa Maria:

"A iniciativa foi ótima, até porque nós nunca fomos ouvidos para saber qual a nossa rotina de trabalho, efetivamente, de cada auditoria. Então a gente tem que quebrar paradigmas, a verdade é essa. E a batalha é nossa de mudar estes conceitos, cada um trazendo de alguma forma suas inovações, onde o objetivo principal é uma ótima prestação jurisdicional. O nosso cliente, o público externo, tem que sair satisfeito. Claro, sair satisfeito com uma ótima prestação jurisdicional, e isso não quer dizer absolvido, não é isso. Tu tem que prestar teu serviço de uma forma clara, objetiva e visível tu não pode te esconder. O público tem que ter condições de visualizar o que eu servidora pública (auditoria, instituição, a Justiça Militar) faz, como faz, quanto tempo leva para fazer. É aquela frase né " O que se faz aqui, a sociedade vê logo ali".

Lizeth Cardoso Marques é Escrivã na Segunda Auditoria:

"Sem dúvida foi uma iniciativa muito meritória, cada um trouxe as suas rotinas, seu trabalho, além de se ver procedimentos que, com certeza, podem ser adotados para melhorar a prestação jurisdicional. Inclusive, como se viu aqui hoje, a utilização dos avanços tecnológicos - e cito o exemplo da Auditoria de Passo Fundo - porque a principio as pessoas são um pouco avessas a adotar a modernidades, não confiam muito. Mas a prática mostra que realmente é eficiente e que colabora para o resultado. Então eu acho, inclusive que, a partir dessa reunião, a gente tirou o limo das pedras, vamos ver agora como é que os magistrados vão encarar, porque na verdade depende bastante deles como é que agente vai conseguir colocar em prática isso".     
 

 

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