TRF4 - Encontro de usuários do eproc com participação de servidor do TIC do TJM/RS

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"Trabalhar com tecnologia é conviver com o constante movimento de aperfeiçoamento. No Judiciário, a inquietação não é diferente. Pensando nisso, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) organizou um encontro entre as instituições que fazem uso do eproc, o sistema eletrônico processual desenvolvido pela Justiça Federal da 4ª Região, para compartilhar os aprimoramentos que foram feitos pelos parceiros. A atividade aconteceu ontem e hoje (2 e 3/10) na sede do tribunal, em Porto Alegre (RS). A abertura foi feita pelo presidente do TRF4, desembargador federal Thompson Flores, com a participação da diretora-geral, Magda Cidade.

A reunião aproximou o trabalho dos usuários que, espalhados por todo o Brasil, desenvolvem funcionalidades no sistema de acordo com suas próprias necessidades. Presente no Judiciário federal, estadual e militar, o eproc é um sistema com desenvolvimento colaborativo: na medida em que as instituições vão aderindo ao uso, também o complementam, com o objetivo de otimizar o desempenho do eproc em compatibilidade com as especificidades de cada um.

Durante os dois dias, antigos e novos usuários do eproc puderam apresentar e trocar experiências sobre as adaptações que o sistema tem sofrido em cada órgão. A troca de ideias foi orientada pelo coordenador do eproc na Justiça Federal da 4ª Região, juiz federal Sérgio Tejada Garcia. O magistrado elogiou a sistemática do tribunal de ir além da cessão de uso do sistema, incentivando que as instituições trabalhem em benefício do próprio eproc e de seus usuários. “É, na verdade, um contrato de parceria com os outros tribunais. Eles recebem todo o trabalho já desenvolvido até hoje por nós, mas agora também vão trabalhar para o sistema, é tudo compartilhado”, disse.

Tejada destacou que o objetivo do encontro foi analisar de forma conjunta a evolução do eproc diante dos anos de experiências das outras instituições com o sistema, bem como planejar seus passos futuros. “A ideia era que todos se unissem e que se entendessem como co-participes do projeto, trocando informações, avaliando os trabalhos de acordo com o tempo e características de cada um, além de estudar no que podem colaborar na melhoria do sistema”, ressaltou o magistrado.

O tribunal, é claro, também sai beneficiado com o trabalho conjunto. “Não vamos precisar parar de desenvolver coisas para o nosso usuário interno para ajudar quem está adotando o sistema agora. É, na verdade, um ganho para nossos servidores, magistrados e demais usuários. Com as parcerias estamos, de alguma forma, aumentando a nossa equipe de TI”, pontuou o coordenador do eproc.

Parceria que dá certo

O juiz federal Manoel Rolim Campbell Penna é o coordenador do comitê gestor do eproc na Justiça Federal da 2ª Região, que assinou o termo de cessão gratuita do eproc em dezembro de 2017. Lá, a implantação do eproc tem sido feita em três etapas: a implantação, onde os novos processos entrariam direto no eproc, a migração dos processos do sistema antigo para o atual e, em paralelo, a digitalização dos processos ativos.

Para Penna, o timing da reunião foi perfeito. “O encontro veio num momento em que o número e os usuários do eproc estão se expandindo, e cada um começa criar as suas soluções para as situações. Muitas vezes, a solução do outro pode ser a minha também, então evitamos o retrabalho”, avaliou.

O juiz Laudenir Petroncini estava representando o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que firmou a parceria para o uso do eproc em maio deste ano. O tribunal ainda está na fase piloto do projeto de implantação, mas já deu para notar que algumas adaptações seriam necessárias para que o sistema funcionasse de acordo com as demandas. “O eproc atende inteiramente nossas necessidades. O que precisamos desenvolver nele é algo muito peculiar da justiça catarinense, como o nosso regimento de custas, que é diferente do regimento de custas da Justiça Federal”, contou Petroncini.

O Tribunal de Justiça de Tocantins (TJTO) trabalha com o eproc desde 2011, e foi representado pelo diretor de Tecnologia e Informação (TI), Marco Aurélio Giralde, e pelo diretor judiciário, Francisco de Assis Sobrinho. Desde o processo de implantação até os dias atuais, o tribunal tem feito uma análise das necessidades de cada unidade judiciária e também, das demandas que cada uma delas solicita para melhorar a automatização do sistema. O diretor de TI viu a reunião como uma prova da eficiência do eproc. “Estão aqui reunidos o TRF4, a justiça de Tocantins, tribunais como o TJSC e o TJRS, todos compartilhando o mesmo sistema. Isso é a prova de que pode sim funcionar em todo e qualquer tipo de tribunal”, enfatizou.

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), que assinou o acordo de cessão em novembro de 2017, foi representado pela coordenadora da equipe do eproc, Débora Pritsch e pela diretora judiciária Lilian Tomii. Elas destacaram a importância do encontro entre os usuários. “Alguns estão mais avançados, outros estão entrando agora, e essa troca ajuda a planejar novas modificações. Hoje, cada um apresentou uma iniciativa, vamos poder compartilhá-las para otimizar os recursos”, afirmou Débora.

Lilian lembrou as adaptações que já foram feitas para o uso do eproc no TJRS. “Uma das principais mudanças foi a nossa distribuição de segundo grau, em virtude das questões muito específicas da nossa repartição interna de competências. Como a ideia do tribunal era não alterar o regimento interno, foi preciso adaptar o sistema pra atender a nossa realidade”, apontou.

Dilnei Venturini é coordenador da área de Tecnologia da Informação do Tribunal de Justiça Militar do Rio Grande do Sul (TJMRS), que assinou o acordo de cooperação para o uso do eproc em abril deste ano e, no último mês, deu início ao uso do sistema nos processos cíveis e ações originárias de segundo grau. De acordo com o coordenador de TI, ainda não foi preciso grandes modificações no pequeno espaço de tempo entre a cessão do sistema e sua implantação. “A Justiça Militar possui um rito simplificado em comparação a outras, como a Justiça Estadual. Hoje, nós estamos utilizando os recursos oferecidos com um número muito pequeno de customizações. Foram feitos alguns ajustes no modo de trabalho, uma coisa que é natural no mundo do processo eletrônico”, afirmou.

Para Venturini, reunir os usuários do sistema foi fundamental para expandir as perspectivas. “Estar aqui, poder trocar ideias nesse grande grupo e contribuir para o desenvolvimento do eproc é de grande valia para que no futuro o sistema possa expandir ainda mais o seu uso, buscando efetivamente um modelo de processo eletrônico que possa atender a justiça e o cidadão”, colocou.

eproc

O eproc foi idealizado por magistrados e servidores da JF da 4ª Região. É o primeiro sistema processual eletrônico da Justiça Federal brasileira e começou a ser utilizado em 2003, nos Juizados Especiais Federais (JEFs) do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná. A versão atual foi construída aproveitando os conceitos da primeira versão, sendo implantada em todas as varas federais de primeiro grau em 2009 e, em 2010, também no TRF4.

Por atender todas as matérias e graus, é considerado pelos usuários um sistema consolidado pela agilidade e pelas funcionalidades. Além disso, representa economia para a gestão pública e sustentabilidade, pois dispensa o uso de papel e insumos para a impressão. Outro aspecto é a disponibilidade do sistema online, 24 horas por dia, a partir de qualquer local com acesso à internet."

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