Palestra e teste gratuito para magistrados e servidores
ABC das hepatites, doações e transplantes
A Comissão de Saúde da Justiça Militar do RS, coordenada pelo Juiz do TJM/RS Sergio Antonio Berni de Brum, oferecerá palestra a Magistrados e servidores no dia 27 de outubro, às 14 horas, no plenário do Tribunal.
O evento foi viabilizado por meio do Juiz aposentado da Corte e vice-presidente da Via-Vida pró-doações e transplantes Octavio Augusto Simon de Souza. A palestrante será a Psicanalista e presidente da Instituição Lúcia Kruel.
A ação do Comitê é parte integrante do item “Qualidade de Vida no ambiente de Trabalho”, constante do cronograma do Plano de Logística Sustentável da Justiça Militar gaúcha.
Na mesma data, será oferecido a todos que desejarem, um teste gratuito com a finalidade de detectar eventual hepatite pois, segundo especialistas, alguns tipos da doença são silenciosas e, portanto, é vital que sejam descobertas o mais cedo possível.
O Via vida
A missão da instituição é “contribuir para a diminuição do número de doentes em lista de espera por órgão ou tecido, promovendo a vida e a saúde com incentivos à prevenção das diversas patologias que levam aos diferentes transplantes, divulgando a importância da doação de órgãos e tecidos.”
O Via vida se propões a ser uma organização de referência nacional, na transformação cultural quanto à doação de órgãos e tecidos e quanto a prevenção e cuidados com a saúde, onde as pessoas em lista de espera e transplantadas encontrem apoio, a população encontre informações para cuidar da saúde, e os voluntários tenham possibilidade de realização ao trabalhar por uma causa social.
Histórico da VIAVIDA
A VIAVIDA teve sua criação, no meio de uma família, impotente diante do sofrimento de um filho adolescente, sem que houvesse um doador familiar compatível para doar o órgão necessário. Assim, a conseqüente entrada na lista de espera desse filho foi muito dolorosa; a impotência de uma mãe por não ser compatível para doar ao filho foi, é indescritível, e torna-se terrível diante da angústia da espera na lista, sobre o que não existem palavras a dizer que a simbolizem, que expressem esse sentimento…
Na ocasião, final de 1998 haviam sido notificadas 156 mortes encefálicas (ME) à Central de Transplantes, resultando em 65 doadores efetivos e 306 transplantes e, no inicio de 1999, esperavam por um órgão 2.300 doentes.
Ao começar a luta pela Causa da doação de órgãos e tecidos, com a proposta de mudança cultural no Estado, a entidade teve sempre como foco a diminuição da lista de espera, ou melhor mais pessoas doentes tendo a possibilidade de acesso a cirurgia tão aguardada.
Iniciado o trabalho, houve imediata integração de familiares de outros em lista de espera, simpatizantes da Causa, e de pessoas que exerciam voluntariado, através de convênio com a Parceiros Voluntários, e posteriormente, com o progama do SESC para voluntários.
No ano 2000, em 29 de junho, aconteceu a Fundação Oficial da VIA, e o trabalho iniciado já tinha como resultado o aumento de 30%, elevando para 86 efetivos doadores – 34,4% das 250 notificações de ME na Central de Transplantes, elevando para 664 o número de transplantes no RS. Cada doador equivalia a 7,72 transplantes.
Desde então, as ações sociais tiveram ativa participação do voluntariado de Porto Alegre e de algumas outras cidades. Esse é o grande destaque – uma equipe de voluntários integrada entre si e dedicada à Causa da doação de órgãos e tecidos, bem como à ações sociais de apoio a pessoas em lista de espera e transplantadas.
Área de Ação da VIAVIDA
A VIAVIDA surgiu com a missão de promover a doação de órgãos e tecidos no Estado do RGS, incentivando o aumento de transplantes de modo a beneficiar e apoiar as pessoas em lista de espera e fornecer assistência às pessoas transplantadas e aos familiares desses, bem com aos familiares de doadores.
A assistência tem dois modos de funcionar, ambos com base na análise socio-econômica realizada por Assistentes Sociais dos hospitais transplantadores de Porto Alegre: Santa Casa, HCPA, São Lucas (PUC), Instituto de Cardiologia:
a) – fornecer roupas, medicamento e cesta básica a famílias sem condições de receber do Estado ou adquirir naquele momento, issso foi no inicio; mas
- as voluntárias viam, nesses contatos e em visitas, que muitos doentes voltavam para suas cidades sem esperanças, por não terem maneira de sustentar-se em Porto Alegre; daí surgiu a idéia de
b) propiciar estadia gratuita com alimentação básica, nesta cidade, para os que estão em pré ou pós-transplante e nas revisões com consulta médica e/ou exames.
Em 2003, foi planejada, registrada e montada a Pousada Solidariedade VIAVIDA, oferecendo hospedagem gratuita, com alguns serviços de suporte, para pessoas doentes e sem condições financeiras de permanecerem em POA, a fim de terem acesso ao tratamento por implante de órgão ou tecido.
Nesse ano de 2003, já eram notificadas 306 ME, restando 121 doações efetivadas equivalente a 39,54%, e ocasionou 1099 transplantes. Cada doador equivalendo em média a 9,08 transplantes.
Além de todas campanhas, eventos, ações em escolas, empresas, hospitais e outras ocasiões com a finalidade de promover a doação de órgãos e tecidos, chegou-se a conclusão que esse trabalho de divulgação de informações e esclarecimentos sobre o processo doação-transplantes já não era suficiente.
Em 2006, houve 409 notificações à CT, uma pequena elevação de 3,03% em relação ao ano anterior, no entanto houve queda de 3,70% no número de doadores efetivos, sendo igual a 130, o que possibilitou 1.370 transplantes. Pode-se dizer que houve uma estabilização no número de doadores nesse ano de 2006 no Rio Grande do Sul.
O tempo passando, enquanto que a SES e a Central de Transplante nada fazendo para melhorar o sistema estadual de transplantes; em Santa Catarina a Central de Transplantes fazia um Planejamento Estratégico, com assessoria de médico gaúcho, para aprimoramento nessa área com equipes adequadas em identificados hospitais de trauma.
Então, no primeiro semestre de 2007, aconteceu a mesma estagnação, ficando o RS com 12,8 doadores/pmp, enquanto a necessidade por transplantes continou crescendo, contendo na ocasião, lista de espera ativa 2.654 pessoas.
No segundo semestre do ano de 2007, a VIAVIDA contribuiu para uma elevação das notificações de ME no Estado, cujo aumento foi de 14,92% ( passando de 181 no 1º.semestre para 208 no 2º. Sem.), e o aumento das doações efetivas foi de 26,15% (sendo 65 no 1ºsem. e 82 no 2º.semestre). Concluido o ano, houve elevação nas doações de todos órgãos, e conseqüente aumento de transplantes. Embora o número total mostre decréscimo de 2,12% em transplantes (de 1.370 a 1.341), foi por influencia da baixa nas doações de córneas (caindo de 802 para 684, equivalente queda de 14,71% em implantes de córnea).
Contudo a vergonha que persistia e persiste é córnea. É inconcebível que haja uma lista de mais de 700 pessoas esperando por córneas, se há uma média de 70.000 mortes/ano no Rio Grande do Sul, e em quase todas causas de morte pode ocorrer doação de córnea.
Pode-se dizer que, graças a muito do trabalho da VIAVIDA, houve no Estado, em 2007, aumento do número de doadores por milhão da população passando a 13,6/pmp por ter havido 507 notificações de ME, sendo 28,99% ficado em 147 doadores efetivos, possibilitando 1.341 transplantes, o que indicou que um doador deu 9,12 transplantes. Em Santa Catarina houve também, nesse ano, aumento para 14,8 doadores/pmp, superando o RS, enquanto que em São Paulo o número de doadores ficou em 9,3 doadores/pmp.
As ações VIAVIDA que contribuiram para tal melhora foram: – participação em eventos como Mostra Fotográfica com lançamento no Atrio do Bourbon Country, e nos Bourbons de São Leopoldo, Novo Hamburgo e Passo Fundo, e nos Zaffari de Caxias do Sul, no lançamento do livro “Doando Vida” na Livraria Leitura&CIA e na Feira do Livro de POA. Em jantar do CVG, em julho, a VIAVIDA foi a Entidade Destaque/2007. Outra ação importante no segundo semestre foi o I Gre-Nal da Vida, envolvendo toda população gaúcha, pois neste Estado quem não é gremista é colorado.
Considerando que a demanda por órgão ou tecido continuou aumentando a lista de espera, e não acontecendo o mesmo quanto ao número de doadores efetivos, concluiu-se que essa lista nunca seria atendida.
A partir disso, elaborou-se na VIAVIDA o projeto “Mais Saúde no RS” com enfoque de prevenção às patologias que levam aos diferentes transplantes, bem como de promoção da saúde, além de sensibilização à doação de órgãos e tecidos. Nesse estão
previstas ações diversas, mas foi iniciado em 2008 com o plano piloto do “Curso de Capacitação de Professores”, em parceria com o programa Saude Escolar, da 1a.CRE da SEE. Os professores receberam aulas e repassavam aos alunos e professores da Escola que representam os conteúdos sobre como prevenir patologias: doenças /acidentes/outros que levam a falencia de orgãos e patologias graves, como por ex: enfisema pulmonar (50% é causado por tabagismo) – leva ao transplante de pulmão; sal em demasia – leva a hipertensão e a problemas renais e/ou cardiácos, queimaduras graves – levam ao implante de pele, acidentes – podem levar a transplante de córneas. E outros tantos casos.
Assim ficou clara a importância do “Mais saúde no RS” trabalhar em prevenção e promoção da saúde para que menos pessoas entrem na lista de espera. E, em médio prazo, a próxima geração tenha hábitos mais saudáveis com menos doenças graves e/ou fatais que levam as pessoas a necessitarem de transplantes cuja causa está na falta de cuidados com a saúde.
Em 2008, no RS, houve uma queda de 10,20% no número de doadores em relação ao ano anterior (caiu de 147 para 132), mesmo tendo havido elevação de 2,56% no número de notificações de ME (de 507 a 520), existindo 4.000 pessoas na lista de espera total, na lista ativa aproximados 2.800. O número de transplantes também teve queda, caiu de 1.341 para 1.220, correspondendo a 9% de queda.
Identificadas as contínuas falhas de gestão na Central de Transplantes deste Estado e nas Comissões Intra-hospitalares que não notificam todas mortes encefálicas, conforme diz a lei, e pior não fazem a manutenção adequado do doador, nem tem capacitação adequada para entrevistar famílias na hora de dor por perda de uma pessoa querida.
Todo processo doação-transplantes é complexo e dá muito trabalho, mas efetivar uma doador pode beneficiar até 25 pessoas e salva até 7 vidas.
A VIAVIDA realizou, em 2009, visando contribuir para uma melhora nesse triste quadro, ações em hospitais e Secretarias da Saúde do Municipio e do Estado, Central de Transplante, FEHOSUL, e outros, inclusive buscando e estabelecendo uma parceria com a UNIMED (Instituto e Federação).
Além de continuar com ações diversas do Programa “Incentivo a VIDA”, no que houve destaque a continuidade do projeto “Mais Saúde no RS” com o “Curso de Capacitação de Professores”, inclusive expandindo para 4 cidades do Interior em parceria com a Fundação ECARTA (Bento Gonçalves, Passo Fundo, Santa Maria e Santa Cruz).
Promovida pelo Foro Central de Porto Alegre em parceria com a OAB/RS, Tribunal de Justiça e Ministério Público foi iniciada a campanha com intuito de conscientizar sobre a importância do ato de doar-se, comunicando de modo simbolico à família. O evento com a participação dos Voluntários VIAVIDA aconteceu no saguão do Foro Central.
- A solenidade de lançamento contou com a presença do Presidente do Tribunal de Justiça, Desembargador Arminio José Abreu Lima da Rosa, do Juiz-Diretor do Foro Central da Capital, Carlos Eduardo Richinitti, e de integrantes das entidades parceiras da iniciativa: VIAVIDA, OAB/RS, Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, e do Hemocentro.
- Entrega de certificados as pessoas que se declararam-se doadoras de órgãos e tecidos no total de 1560 “Certificado de Doador de órgãos e tecidos”.
- Foi distribuído material informativo para mais de 11.000 pessoas;
- No dia 25/-5, o ônibus do Hemocentro ficou em frente ao Foro Central, onde fez o cadastro de doadores de Medula Óssea para funcionários do Foro e pessoas que ali transitavam nesse dia.
Aconteceu em setembro o “II Gre-Nal dá vida”, e outros eventos e campanhas com destaque a veiculada gentilmente pela RBS, criada pela Martins+Andrade – “Doe órgãos, salve vidas”.
Todo esforço da VIAVIDA não tem sido suficiente, pois a Causa está na vontade política da Secretaria Estadual de Saúde, nos Hospitais e nas Comissões Intra-hospitalares.
Ao final de 2009, Santa Catarina ficou em primeiro lugar com 17 doadores/pmp. São Paulo deu um grande passo, além de capacitar 500 médicos de UTIs, inclusive em diagnóstico de ME (morte encefálica), criou equipe de neurologista itinerante p/a este diagnóstico, e instituiu o Webtransplante (atualização constante pelos hospitais de todos dados, e on-line). Tudo isso proporcionou a SP um aumento de 64% nas doações em 2009, passando a 16 doadores/pmp, tendo o segundo lugar no País. E o estado do RS regrediu a um índice de 2004, com 12 doares/pmp, ficando em 4º. lugar.
Em 2010, foi dada sequencia ao “Programa Incentivo a Vida”, cuja finalidade é remover medo e preconceitos sobre o tema, sensibilizando as pessoas através do esclarecimento de dúvidas quanto á doação de órgãos e tecidos, prevenção de doenças e promoção da saúde. Para tal foram realizadas Campanhas e eventos ao longo do ano, na Capital e em várias cidades do Rio Grande do Sul. Entre estes, destacamos:
Participaçãpo no 28° Rodeio Internacional de Vacaria (jan. e fev.)
Jogo de futebol entre transplantados e médicos – Torres (fev.)
VIA na Estrada – Ação em praças de pedagios(fev.abr.)
Dia do Rim ( março)
21° Festival de Balonismo-Torres (abr.-maio)
Dia das Hepatites Virais no RS (maio)
Dia da Solidariedade (maio)
Jantar União Cooks (jun.)
Chá Beneficente no Clube Farrapos (jun.)
Dia Mundial das hepatites (jul.)
Moenda – Santo Antonio da Patrulha (ag.)
Expointer (ag.-set.)
III Gre-Nal da vida (out.)
Chá beneficente na Associação do MP (nov.)
Ong Brasil (nov. / S.Paulo)
Festa de Natal na Praça (dez)
Considerando a quantidade de material informativo distribuido nessas situações, estima-se que mais de 200 mil pessoas receberam diretamente algum esclarecimento sobre a Causa. Não está aqui computado as pessoas atingidas pela mídia em geral quando das atividades da VIAVIDA ou por participação em entrevistas e debates na Rádios e TVs locais.
O projeto “Mais Saúde no RS”, está sendo reconhecido por todos que participam como de extrema importância, embora a prevenção ainda não receba todo investimento que deveria.
Em 2010, o Curso de Capacitação de Professores foi iniciado em maio, com a inscrição de 62 professores e de 52 Escolas. As aulas foram ministradas por médicos reconhecidos em suas especialidades, pertencentes ao corpo clínico dos Hospitais Transplantadores e professores das Faculdades de Medicina desta cidade. Assim os professores das Escolas Estaduais foram munidos de conhecimentos sobre funcionamento e cuidados com os diversos órgãos e tecidos do corpo humano, além de informações sobre como acontece o processo de doação-transplantes. Foram fornecidos vários materiais didáticos como folders, filmes e palestras para que os professores tenham material didático para repassarem os conteúdos mensalmente a seus alunos, correspondendo a um número aproximado de 5000 neste 2010. Esta atividade, que pelo terceiro ano consecutivo, aconteceu em parceria com a 1ª.CRE da Secretaria Estadual de Educação, teve um alcance significativo, atingindo no período de três anos aproximados 18.000 alunos.
A partir de 29 de setembro a 17 de novembro, esta atividade foi enriquecida com 59 palestras realizadas em 29 Escolas da região central de Porto Alegre e da Ilha dos Marinheiros. As palestras foram proferidas por Enfermeiras, Técnicas de enfermagem e Administradores do Hospital Dom Vicente Scherer e complementadas por voluntários da VIAVIDA com a audiencia de 3.000 alunos, calculando-se em torno de 9.000 o público atingido direta e indiretamente.
Na Pousada Solidariedade busca-se proporcionar um ambiente saudável e uma convivência solidária entre pessoas que enfrentam problemas semelhantes, oferecendo
aos hóspedes, alimentação básica, apoio psicopedagógico, esclarecimentos e atividades em oficinas de computação, arte e artesanato, além de participação em outras ações da VIAVIDA. Até 30/11/2010 hospedaram-se (pessoas em lista de espera e no pós-transplante, acompanhados de um familiar) na Pousada 37 doentes menores de dezoito anos, 26 adultos e 66 acompanhantes. Perfazendo um total, 128 pessoas, correspondendo a 63 famílias beneficiadas.
Atendendo ao ECA e a LOAS, a VIAVIDA mantem a Pousada Solidariedade que em seis anos, de janeiro de 2004 a dezembro de 2010, a Pousada atendeu 424 pessoas em pré ou pós-transplante, dentre os quais a prioridade é para crianças e jovens, hospedando ainda seus familiares acompanhantes e os familiares doadores, totalizando
1075 hóspedes, correspondendo a 424 famílias beneficiadas com a recuperação do familiar que necessitou de transplante.
Outros Dados
A VIAVIDA tem seus projetos e atividades realizadas por voluntários, aproximadamente em número de cinquenta, subdivididos em diversos Grupos de Trabalho, agrupados em quatro eixos quais sejam: administrativo/financeiro, educativo/informativo, assistencial e sustentabilidade.
O tempo passa, os transplantes são cada vez mais indicados como tratamento para doenças graves e fatais, pois tem dado certo e salvo muitos doentes.
Nos últimos anos a lista de espera aumentou muito; o número de transplantes de órgãos ficou numa média anual de 600. No total, considerando córneas e medula, chega acima de 1.000 desde 2001.
Lamentavelmente, no primeiro semestre de 2010, São Paulo alcançou 22 doadores/pmp ficando em 1º.lugar, enquanto que o Rio Grande do Sul situou-se em 6º. lugar. Ao final de novembro desse houve no RS queda em todos os transplantes, exceto de rim, pois o Estado está recebendo rins de outros Estados. A Central de Transplantes teve uma ação mais efetiva no ano que passou, mas ainda há muito para fazer.
O cerne do problema continua nos Hospitais e nas Comissões Intra-hospitalares para Captação, onde causas variadas impedem que aconteçam elevação no número de notificações e de efetivação de doador, falta de neurologista ou de equipamento para o diagnóstico complementar, manutenção adequado do doador, entrevista inadequada com a família; além da falta de equipe para remoção.
Em 31 de maio a VIAVIDA assinou uma importante parceria com o Ministério Público, FAMURS e FEE para avaliar os hospitais, detectando a causa dos problemas no RS. No 3º.trimestre do ano foi enviado o primeiro formulário aos 66 Hospitais cadastrados para notificar mortes encefálicas. 57 responderam e está sendo analisado o material. Durante um ano terá uma frequencia trimestral essa avaliação.
Para 2011 o esperado é que a cada trimestre os hospitais possam ir resolvendo suas deficiencias e melhorando as lacunas de todo processo, aumentando o número de notificações e de efetivação de doação.
Há muito trabalho a fazer. Temos no Rio Grande do Sul um índice de recusa familiar em torno de 30%, o que não muda faz tempo.
Quanto as notificações de morte encefálica (ME), pouco mais de 50% acontecem, embora dessas apenas uma média de 21% tornam-se efetivos doadores.
Isso tudo assusta se pensarmos que, cada um de nós, tem mais de 40% de possibilidade de vir a precisar de um transplante, que é o índice de elevação anual da lista de espera por transplante. E, somente, menos de 1% do número de causas mortis ocorridas no RS, de possibilidade de vir a ser um doador de órgãos e tecidos.
(Fonte: site Via vida / www.viavida.org.br)