Objetivos da campanha Outubro Rosa

Crédito: Foto INCA

INCA

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) aborda diretrizes para a prevenção e controle do câncer de mama. O objetivo é oferecer aos gestores e aos profissionais de saúde subsídios para o avanço do planejamento das ações de controle deste câncer, no contexto da atenção integral à saúde da mulher e da Estratégia de Saúde da Família como coordenadora dos cuidados primários no Brasil.

 

Outubro Rosa

O movimento conhecido como Outubro Rosa nasceu nos Estados Unidos, na década de 1990, para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. A data é celebrada anualmente com o objetivo de promover a conscientização sobre a doença e compartilhar informações sobre o câncer de mama.

Desde 2010, o INCA participa deste movimento, promovendo espaços de discussão sobre o controle do câncer de mama e divulgando e disponibilizando seus materiais informativos, trazendo qualidade para o debate, tanto para os profissionais de saúde quanto para a sociedade.

 

Outubro Rosa 2014 no INCA

Em 2014, a campanha do INCA no Outubro Rosa têm como objetivos:

  • Divulgar informações sobre câncer de mama;
  • Abordar mitos e verdades sobre prevenção e detecção precoce da doença;
  • Informar sobre benefícios e riscos da mamografia de rastreamento, possibilitando que a mulher tenha mais segurança para decidir sobre a realização do exame.

 

Câncer de Mama

Em 2014, para o Brasil, são esperados 57.120 casos novos de câncer de mama. Não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados ao câncer de mama. Ser mulher e envelhecer são os principais fatores que aumentam o risco.

 

Fatores ambientais

  • Obesidade, principalmente após a menopausa;
  • Sedentarismo (não fazer exercícios);
  • Sobrepeso;
  • Consumo de bebida alcoólica;
  • Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X).

 

Fatores hormonais

  • Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos;
  • Não ter tido filhos;
  • Primeira gravidez após os 30 anos;
  • Não ter amamentado;
  • Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos;
  • Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.

 

 Fatores genéticos

  • História familiar de câncer de mama e ovário, principalmente em parentes de primeiro grau antes dos 50 anos;
  • Alteração genética;
  • A mulher que possui um desses fatores genéticos tem risco elevado para câncer de mama.

 

A presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher terá necessariamente a doença.  Amamentação, prática de atividade física e alimentação saudável com a manutenção do peso corporal são fatores de proteção e estão associados a um menor risco de desenvolver a doença.

 

Detecção Precoce

É importante que as mulheres, independentemente da idade, conheçam seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. Ao identificarem alterações suspeitas, devem procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação profissional.

Além de estar atenta ao próprio corpo, também é recomendado que a mulher faça exames de rotina de acordo com a sua idade. Esses exames podem ajudar a identificar o câncer antes de a pessoa ter sintomas. No Brasil, as orientações para detecção precoce do câncer de mama são:

 

 Mulheres de 40 a 49 anos

Realizar o exame clínico das mamas anualmente.

Mulheres de 50 a 69 anos

Realizar exame clínico das mamas anualmente e mamografia a cada dois anos.

Mulheres com risco elevado para câncer de mama (caso na família de câncer de mama masculino; ter parente de primeiro grau [mãe, irmã, filha] que teve câncer de mama antes dos 50 anos; parente com câncer de mama bilateral (nas duas mamas) ou no ovário, em qualquer idade)

Conversar com o seu médico para avaliação do risco e decidir a conduta a ser adotada.

 

Quais os benefícios e riscos da mamografia?

Antes dos 50 anos, as mamas são mais firmes e têm menos gordura (mamas densas), o que torna a mamografia limitada para identificar alterações. Por este motivo, quando o exame é realizado antes da faixa etária recomendada, pode trazer alguns riscos. No entanto, a mamografia de rastreamento pode trazer riscos para mulheres de todas as faixas etárias, como:

Resultados incorretos: suspeita de câncer de mama, que requer outros exames, sem que se confirme a doença (esse alarme falso gera ansiedade e estresse) ou resultado normal, quando existe o câncer (esse erro gera falsa segurança à mulher).

Ser diagnosticada e tratada, com cirurgia (retirada parcial ou total da mama,) quimioterapia e radioterapia, de um câncer que não ameaçaria a vida: isso ocorre em virtude do crescimento lento de certos tipos de câncer de mama, ou no caso de pacientes acima de 70 anos.

Exposição aos Raios X: raramente causa câncer, mas há um discreto aumento do risco quanto mais frequente é a exposição. Em caso de resultado alterado no exame clínico das mamas, a mamografia é indicada e, neste caso, ela é considerada "mamografia diagnóstica".

Fonte: Publicação autorizada pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA).

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