Leia comentário do Jornalista Cláudio Brito (Rádio Gaúcha), sobre a Justiça Militar
“Eu tenho para mim que os serviços realizados até aqui são excelentes”
Em comentário no programa Chamada Geral – 3ª Edição, da rádio Gaúcha, o Promotor aposentado e jornalista Cláudio Brito defendeu a manutenção da estrutura atual da Justiça Militar, principalmente no que se refere ao caso gaúcho. A fala de Brito foi ar nesta terça-feira, dia 27 de novembro, às 22h21.
Confira abaixo o que o comunicador do grupo RBS disse a respeito da Justiça Militar:
“Boa noite ouvintes do Chamada Geral 3ª edição,
eu confesso que, percebo até, estar remando contra a maré. Explico: há um movimento muito forte, tanto é que chega agora ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que vai se posicionar. Vem aí uma decisão em nível nacional. Todo esse movimento é pela extinção das Justiças Militares onde ainda existam no plano estadual.
E eu tenho posição muito clara de manutenção da estrutura. Eu digo com toda tranquilidade, com toda sinceridade. Como coloquei, quem sabe remando contra a maré, nadando em mar revolto, mas ainda pretendendo que, no caso gaúcho, pelo menos, se mantenha o Tribunal de Justiça Militar.
A coisa militar não é como dizem, que passa a mão sobre os problemas, sobre as mazelas da Polícia Militar. Ao contrário, há punições rigorosas, há exclusões que são decididas nesta instância. E a punição criminal, especialmente, dos policiais militares transgressores têm tido um grande respaldo, uma grande resposta naquilo que compete à Justiça Militar, nos crimes tipicamente militares.
Quando há um envolvimento com civis, a Justiça comum é que examina sob a ótica do abuso de autoridade ou outra conduta desviada, por outra forma qualquer. Mas enfim, não vejo porque se deva extinguir a Corporação, a Instituição do Tribunal Militar. Eu tenho para mim que os serviços realizados até aqui são excelentes e tenho sido defensor da manutenção desta estrutura.
Digo mais uma vez, quem sabe quase falando sozinho, porque eu vejo muito forte o movimento dos que são contra o Tribunal Militar. Não é o meu caso. Eu aguardo pelo resultado do que o CNJ vá encaminhar e depois o caso gaúcho também, como haverá de ser tratado."
Crédito da foto: Genaro Joner / Zero Hora