Juízes e servidores debatem implementação do Planejamento Estratégico
Um sábado de seminário na Justiça Militar gaúcha
Oito temas e quatro oficinas
A mecânica de trabalho envolveu os juízes e os servidores em uma plenária inicial que se desdobrou em oficinas temáticas distribuídas em quatro salas com 20 componentes cada uma. Cada Oficina trabalhou sobre dois temas: Eficiência Operacional e Gestão de Pessoas; Alinhamento e Integração e Atuação Institucional; Orçamento e Infra-estrutura e Tecnologia; Acesso ao Sistema de Justiça e Responsabilidade Social.
Os resultados dos debates e os relatos oferecidos pelos grupos à plenária serão degravados, sistematizados, lançados na matriz de Planejamento implantada pelo CNJ e, logo após a oficialização pelo Tribunal, levados à operacionalização em todas as Auditorias e setores do Tribunal e das demais unidades da Justiça Militar. Para tanto, o Comitê do Planejamento Estratégico deverá indicar um gestor geral, que, por sua vez, fará a inter-relação com os responsáveis.
Solenidade e palestras
O evento foi aberto oficialmente pelo Juiz-Presidente do TJM, Dr. Geraldo Anastácio Brandeburski:
“Quero [...] dizer da minha alegria por reunir tão expressivo número de magistrados e servidores da Justiça Militar do Estado. Quero [...] registrar como marca contemporânea de uma Instituição que se esforça para promover a própria reestruturação e modernização, o fato de que este é o primeiro evento desta ordem e para esta finalidade, promovido pelo Tribunal, envolvendo toda a Justiça Militar [...] o fato de promovermos um encontro para o qual convidamos todos os magistrados e todos os servidores, sem exceção, significa muito mais do que a tentativa de uma modelagem técnica cuja metodologia pede o concurso de todos, mas sim a vontade institucional de integrar, de promover a efetiva participação de todos na concepção e implantação de um novo horizonte para a Instituição e para cada um de seus colaboradores. Porque o Planejamento Estratégico de uma organização é um marco decisório que leva a um desenvolvimento orientado e define como e por onde caminhará a Instituição nos próximos cinco anos. Assim como guia a organização, portanto, conduz a forma de operar de cada um de nós. Portanto, ao decidirmos que planejamento será o nosso, quais serão os nossos projetos a desenvolver, não há outra alternativa séria, honesta e legítima, senão aquela que contempla a participação de todos. [...] quero lembrar que este trabalho [..] acontece no momento em que a Justiça Militar se alinha, definitivamente e do ponto de vista da própria imagem, às coisas, aos ritos e à magnitude do Poder Judiciário Brasileiro. Não foi por outro motivo que disseram o Ministro Ayres Brito e ao Ministro Corregedor Gilson Dipp, que a Justiça Militar não só precisava integrar-se, de uma vez por todas ao Judiciário Brasileiro, como também e principalmente, deveria sentir-se parte dele.
[...] Haveremos, portanto, de conduzir a Instituição ao lugar social que ela merece. Alguns de nós, por descrença ou incapacidade de comprometimento, perderão o trem da história. Outros - a maioria - terão seus nomes inscritos no topo desta montanha”.
Também fez sua saudação o Presidente do Comitê de Implantação do Planejamento estratégico, Juiz-Cel. João Vanderlan Rodrigues Vieira, lembrando que, hoje, todas as organizações precisam balizar-se em planos estratégicos sólidos, sob pena de não sobreviver.
Em nome de todos os magistrados do primeiro grau da JME, falou o Juiz de Direito Dr. Francisco José Moura Müller, que saudou a iniciativa, afirmando que em boa hora a Justiça Militar promovia a interação e integração dos servidores, sendo que a importância do evento crescia, justamente por acontecer a partir da necessidade de discutir o planejamento estratégico da Instituição.
Ponto alto
Convidado a participar do evento especialmente para oferecer aos magistrados e servidores uma visão panorâmica do processo de revisão institucional, política e jurisdicional pelo qual passa a Justiça brasileira sob o comando do Conselho Nacional de Justiça, o Juiz e Conselheiro do CNJ Paulo de Tarso Tamburini de Souza encantou a todos com uma forma simples, eficaz e muito particular de abordar todos os pontos nevrálgicos da verdadeira reforma pela qual passa o Poder Judiciário. Sua fala não deixou de abordar a estratégia da Justiça para o cumprimento de metas e a conseqüente agilização operacional, incluindo no contexto a Justiça Militar Estadual, sobre a qual Tamburini revela sua convicção quanto à necessidade de existência, mesmo indicando alterações pontuais que gostaria de ver implementadas.
Pauta técnica
O professor e consultor Fábio Heinen, responsável pela consultoria durante os cinco meses que durou o trabalho de concepção do Planejamento, apresentou a todos a peça integral e já formatada segundo o modelo implantado pelo CNJ. A seguir, expôs aos magistrados e servidores a temática das oficinas e os temas a serem desenvolvidos por cada grupo.
Divididos em oficinas de trabalho segundo os temas previstos no Planejamento, os participantes debateram durante duas horas. Retornando ao auditório, os relatores apresentaram as fichas conclusivas ao grande grupo, quando ocorreram os questionamentos e ajustes necessários. Esta etapa foi conduzida pelo Diretor-Geral do Tribunal, Dr. Dirnei Vieira de Vieira, que ocupou o espaço, também, para familiarizar os presentes em relação ao estágio da gestão administrativa e jurisdicional da JME, como cenário real de implantação do Planejamento Estratégico.
Metas prioritárias do CNJ
Paralelamente e em sintonia com o processo de concepção e implantação do Planejamento Estratégico, a Justiça Militar trabalha e se orienta pelo conjunto de dez metas Prioritárias da Justiça Brasileira. Por este motivo, o Juiz-Corregedor da JME, Cel. Sérgio Antonio Berni de Brum, abordou a chamada Meta 5, que trata do método de gerenciamento de rotinas (gestão de processos de trabalho) nas unidades judiciárias de 1º grau.
Informática
Novos produtos, aperfeiçoamentos e adequações do Sistema de TI da Justiça Militar, especialmente em relação ao sistema SEGA, desenvolvido integralmente no TJM ao longo dos últimos três anos, foi tema do último segmento, apresentado pelo coordenador do setor, Itamar dos Santos Castro. Na verdade, as próprias demandas geradas pelas metas prioritárias, acabam orientando o desenvolvimento de novas ferramentas específicas para cada caso.
Mesa oficial
Compuseram a mesa oficial de abertura do evento o Juiz-Presidente do TJM, Dr. Geraldo Anastácio Brandeburski; o Conselheiro do CNJ Dr. Paulo de Tarso Tamburini Souza; o Vice-Presidente do TJM e presidente do Comitê do Planejamento Estratégico, Juiz-Coronel João Vanderlan Rodrigues Vieira; o Corregedor-Geral do TJM, Juiz-Coronel Sérgio Antonio Berni de Brum; o Juiz Dr. Octavio Augusto Simon de Souza; o Juiz-Coronel Paulo Roberto Mendes Rodrigues; os Excelentíssimos Juízes de Direito do primeiro grau da JME Dr. Francisco José de Moura Muller, Dra. Karina Dibi Kruel do Nascimento, Dra. Eliane Almeida Soares e o professor e consultor Fábio Heinen.